segunda-feira, 1 de abril de 2013

Tão longe, mas tão perto


Xirra e a gente (créditos: Fábio Nascimento/TEDxVer-o-Peso)
A equipe e os palestrantes do TEDxVer-o-Peso "Atitudes que renovam"

Por Christiane Kokubo e Camila Nakaharada

Estamos prestes a finalizar o bloco “NÓS”. Depois de intensos “EU” e “TU”, Analu Xirra sobe ao palco, começa a falar e, de repente, damos de cara com a nossa foto no telão, gigante, pra todo mundo ver. E, não bastasse a honra da exclusividade de tal momento, ainda recebemos palmas! Logo a maestrina convida e os integrantes da orquestra sobem ao palco. Uma a uma e um a um, os músicos responsáveis pelas melodias do TEDxVer-o-Peso se reúnem e recebem o reconhecimento por terem realizado um concerto tão bonito. Agora sim, todos juntos, fazemos sentido.

Acompanhamos tudo de longe em 23.03.2013, esse dia encantado. Pela tela do computador, de Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, e Starksboro, uma vilazinha em Vermont, nos Estados Unidos, participamos do TEDxVer-o-Peso “Atitudes que renovam”. Participamos, sim, porque estávamos lá o tempo todo, antes mesmo da Xirra pedir que nossa foto aparecesse pra todo mundo ver. Estávamos longe, mas estávamos perto.

E sentimos as emoções e choramos e fechamos os olhos e abraçamos, mesmo sem abraçar. Fomos tocadas pela Débora e suas decisões sem fronteira, Fernanda, suas bolsas e saltos cada vez maiores e a coragem de mudar, Rodrigo e as preciosidades da organização e bom aproveitamento do tempo para ser feliz. No bloco “EU”, ouvimos ainda Mark e a importância dos pequenos detalhes para ajudar o outro e uma breve palavra de Chris Anderson, o curador dessas três letrinhas poderosas que tanto inspiram, TED.

Depois do intervalo, aplaudimos Adriana e suas palavras tão sábias e didáticas, desejamos estar no SESC Boulevard para trocar camisetas e interagir com tanta gente bacana, paramos pra pensar com Leandro e os (não) conceitos de homem e mulher de verdade, ficamos indignadas com a Marlúcia e a Amazônia Maranhense ameaçada, fomos embaladas pela voz de Camila, acompanhada pela guitarra do Felipe. E demos risada com Adora e sua simplicidade e lucidez juvenis.

Nos intervalos e almoço, a gente se ligou. “Bom, agora na parte da tarde, dividimos as postagens assim”. E ao longo do dia, nos revezamos entre os multi canais das mídias sociais para deixar tudo ali registrado, de como 23 de março de 2013 estava sendo renovador e transformador. Com o mesmo carinho que dedicamos às mídias sociais e blog ao longo desse último ano.

Quisemos com todas as forças caminhar juntas dos participantes, sentir o vento de Belém no rosto e almoçar no Point do Açaí. Mas nos contentamos com a conversa virtual, enquanto imaginávamos os sortudos degustando as delícias paraenses.

E o bloco “NÓS” começou com tudo. Adoramos o Felipe de novo no palco e suas palavras tão inspiradoras da Bréa Epoque. Aí veio o Derek explicando como começar um movimento, e a Elizabete com sua história de batalha, inspiração e muita, muita força de vontade. O Pedro não deixou por menos e cativou com Flordelis e seu relato. Aprendemos muito com o Bunker e as renovações que espalhou pela Índia. E vibramos com a equipe toda no palco, linda, linda, linda.

Bom, voltamos para o último bloco com uma mistura de tristeza e muita alegria. Tristeza porque era o último, poxa. E alegria, muita alegria, porque, mesmo de longe, estávamos pertinho desse evento extraordinário, ajudando a conectar muita gente e a espalhar muita ideia que merece ser espalhada.

Nosso bate-papo pelo Skype durante esse último intervalo foi com voz embargada e lágrimas nos olhos. “Melhor não falar muito, porque ainda tem o “GAIA” pra cobrir, fazer print screen, espalhar pela internet. Vamos aguentar”, dávamos força uma pra outra. Ursula voltou ao palco, pediu dez segundos de silêncio, silenciamos. Ouvimos a sabedoria do Marcos, abraçamos árvores com a fala e fotos da Juliana, demos risada com o Paulo citando a filha e agradecemos MUITO depois de ver o vídeo do Louie. Com Filipe e Jesus Alegria dos Homens não deu pra segurar. Daí em diante, a chorareira foi geral, lá no SESC e desse lado da tela também. E Xirra e Karina no palco, e a gente enlouquecida dando print screen, pra tentar registrar tudo e não deixar aquele momento ir embora. E depois que a câmera deixou de fazer a transmissão ao vivo, a gente fez uma última ligação pra tentar combinar algo pros próximos dias, bem desconcertadas com tudo aquilo que tínhamos vivido naquele sábado surreal.

A gente estava lá, junto de vocês, na Praça do Carmo, confraternizando esse encantamento que foi – e que reverbera com forças – o TEDxVer-o-Peso “Atitudes que renovam”. Talvez vocês não tenham visto ou sentido, mas estávamos lá, vivendo o calor de Belém e absorvendo cada segundo daquele sonho que tinha virado realidade.

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