Xirra e a gente (créditos: Fábio Nascimento/TEDxVer-o-Peso) |
A equipe e os palestrantes do TEDxVer-o-Peso "Atitudes que renovam" |
Por Christiane Kokubo e Camila Nakaharada
Estamos prestes a finalizar o
bloco “NÓS”. Depois de intensos “EU” e “TU”, Analu Xirra sobe ao palco, começa
a falar e, de repente, damos de cara com a nossa foto no telão, gigante, pra
todo mundo ver. E, não bastasse a honra da exclusividade de tal momento, ainda
recebemos palmas! Logo a maestrina convida e os integrantes da orquestra sobem
ao palco. Uma a uma e um a um, os músicos responsáveis pelas melodias do
TEDxVer-o-Peso se reúnem e recebem o reconhecimento por terem realizado um concerto
tão bonito. Agora sim, todos juntos, fazemos sentido.
Acompanhamos tudo de longe em
23.03.2013, esse dia encantado. Pela tela do computador, de Mogi das Cruzes,
interior de São Paulo, e Starksboro, uma vilazinha em Vermont, nos Estados
Unidos, participamos do TEDxVer-o-Peso “Atitudes que renovam”. Participamos,
sim, porque estávamos lá o tempo todo, antes mesmo da Xirra pedir que nossa
foto aparecesse pra todo mundo ver. Estávamos longe, mas estávamos perto.
E sentimos as emoções e
choramos e fechamos os olhos e abraçamos, mesmo sem abraçar. Fomos tocadas pela
Débora e suas decisões sem fronteira, Fernanda, suas bolsas e saltos cada vez
maiores e a coragem de mudar, Rodrigo e as preciosidades da organização e bom
aproveitamento do tempo para ser feliz. No bloco “EU”, ouvimos ainda Mark e a
importância dos pequenos detalhes para ajudar o outro e uma breve palavra de Chris Anderson, o curador dessas três letrinhas poderosas que tanto inspiram,
TED.
Depois do intervalo,
aplaudimos Adriana e suas palavras tão sábias e didáticas, desejamos estar no
SESC Boulevard para trocar camisetas e interagir com tanta gente bacana,
paramos pra pensar com Leandro e os (não) conceitos de homem e mulher de
verdade, ficamos indignadas com a Marlúcia e a Amazônia Maranhense ameaçada,
fomos embaladas pela voz de Camila, acompanhada pela guitarra do Felipe. E
demos risada com Adora e sua simplicidade e lucidez juvenis.
Nos intervalos e almoço, a
gente se ligou. “Bom, agora na parte da tarde, dividimos as postagens assim”. E
ao longo do dia, nos revezamos entre os multi canais das mídias sociais para
deixar tudo ali registrado, de como 23 de março de 2013 estava sendo renovador
e transformador. Com o mesmo carinho que dedicamos às mídias sociais e blog ao
longo desse último ano.
Quisemos com todas as forças
caminhar juntas dos participantes, sentir o vento de Belém no rosto e almoçar
no Point do Açaí. Mas nos contentamos com a conversa virtual, enquanto
imaginávamos os sortudos degustando as delícias paraenses.
E o bloco “NÓS” começou com
tudo. Adoramos o Felipe de novo no palco e suas palavras tão inspiradoras da Bréa
Epoque. Aí veio o Derek explicando como começar um movimento, e a Elizabete com
sua história de batalha, inspiração e muita, muita força de vontade. O Pedro
não deixou por menos e cativou com Flordelis e seu relato. Aprendemos muito com
o Bunker e as renovações que espalhou pela Índia. E vibramos com a equipe toda
no palco, linda, linda, linda.
Bom, voltamos para o último
bloco com uma mistura de tristeza e muita alegria. Tristeza porque era o
último, poxa. E alegria, muita alegria, porque, mesmo de longe, estávamos
pertinho desse evento extraordinário, ajudando a conectar muita gente e a espalhar
muita ideia que merece ser espalhada.
Nosso bate-papo pelo Skype
durante esse último intervalo foi com voz embargada e lágrimas nos olhos.
“Melhor não falar muito, porque ainda tem o “GAIA” pra cobrir, fazer print
screen, espalhar pela internet. Vamos aguentar”, dávamos força uma pra outra.
Ursula voltou ao palco, pediu dez segundos de silêncio, silenciamos. Ouvimos a
sabedoria do Marcos, abraçamos árvores com a fala e fotos da Juliana, demos
risada com o Paulo citando a filha e agradecemos MUITO depois de ver o vídeo do
Louie. Com Filipe e Jesus Alegria dos Homens não deu pra segurar. Daí em
diante, a chorareira foi geral, lá no SESC e desse lado da tela também. E Xirra
e Karina no palco, e a gente enlouquecida dando print screen, pra tentar
registrar tudo e não deixar aquele momento ir embora. E depois que a câmera
deixou de fazer a transmissão ao vivo, a gente fez uma última ligação pra
tentar combinar algo pros próximos dias, bem desconcertadas com tudo aquilo que
tínhamos vivido naquele sábado surreal.
A gente estava lá, junto de
vocês, na Praça do Carmo, confraternizando esse encantamento que foi – e que
reverbera com forças – o TEDxVer-o-Peso “Atitudes que renovam”. Talvez vocês
não tenham visto ou sentido, mas estávamos lá, vivendo o calor de Belém e
absorvendo cada segundo daquele sonho que tinha virado realidade.